Ambientes coloridos podem aumentar o engajamento, a criatividade, o relaxamento e até a produtividade. Mas você sabe aplicar as cores para tirar proveito disso a seu favor?
Leia sobre a Psicologia das Cores e decubra efeitos que as cores podem provocar em você!
Vermelho.
No cérebro, o vermelho estimula a amigdala, que regula a memória emocional, sendo responsável pela agressividade, medo e também comportamento sexual. Também oferece estímulos ao Núcleo Accumbens, relacionado à sensação de prazer.
Ligada à paixão, amor e ao desejo, é uma cor marcante, que gera interpretações e reações emocionais exacerbadas: a virilidade, a excitação, a sexualidade e a agressividade.
A exposição à cor vermelha promove o aumento da pressão sanguínea e dos batimentos cardíacos, acelerando a respiração e o metabolismo corporal. Nos esportes, oferece a sensação de força, poder e a certeza de vitória.
Deve ser usada com parcimônia na decoração, pois é marcante e torna-se cansativa e irritante.
Está associada ao drama, às paixões, à sedução. É muito empregada em teatros, cassinos e casas de espetáculos.
Rosa.
No cérebro, a exposição ao rosa influencia a área tegmentar ventral, que é ligada à sensação de saciedade de instintos básicos como a fome, a sede e o sexo.
Ligada às fases de infância e adolescência femininas. Por isso está ligada à jovialidade, inocência, pureza, imaturidade, descontração e fofura.
Também age o rompimento de preconceitos e na percepção de inocência. Mas algumas pessoas consideram o rosa irritante.
É uma tonalidade acolhedora, relaxante, brilhante, vibrante, trazendo todas as características associadas à feminilidade: doçura, maternidade, compaixão.
O rosa pink está ligado ao empreendedorismo e ao desejo de criar iniciativas individuais.
Laranja.
No cérebro, o laranja estimula as regiões de recompensa e prazer.
Cor forte e energética, retem a atenção. Brilhante e inspiradora, é uma cor que conquista o entusiasmo e o engajamento das pessoas. Contudo, acredita-se que as pessoas amam ou simplesmente odeiam o laranja.
Transmite amizade, confiança, alegria, humor, criatividade e diversão. Também é associada aos movimentos de dinamismo, mudança e competição.
Marrom.
No cérebro, o marrom exerce ação sobre o sistema límbico, o qual está associado às nossas emoções.
Transmite a solidez e estabilidade da terra. Pode ser enfadonho e transmitir monotonia.
Algumas pessoas associam o marrom à solidão, tristeza e isolamento.
O beje é um tom neutro muito utilizado. Transmite resiliência e segurança. Por outro lado, pode ser associado ao deserto quando a tonalidade toma conta de todo o espaço, trazendo seus sentimentos de vazio e austero. No marketing, está ligado à confiança e nutrição.
Amarelo.
No cérebro, do mesmo modo que o tom laranja, o amarelo incita a ativação do sistema de recompensa e sensação de prazer.
Brilhante e intenso, o amarelo evoca fortes sensações e rapidamente capta a nossa atenção, sendo a cor que mais se destaca ao nosso olhar. É uma cor que está associada ao estado de alerta, por isso é amplamente utilizado em sinalização de trânsito.
É associado ao sol, à riqueza, ao lucro, à infância e à alegria. O amarelo incrementa o metabolismo corporal e estimula o cérebro produzindo energia e excitação. Pode gerar otimismo e produzir sorrisos. Cor interessante para alguns detalhes pontuais nos ambientes de pessoas com tendências depressivas.
Quando em excesso, seu brilho provoca fadiga visual, e pode causar ansiedade, irritabilidade, agressividade, ira ou frustração.
Verde.
No cérebro, o verde estimula o córtex pré-frontal, a região responsável pelas decisões e o pensamento abstrato.
Indiscutivelmente evoca as matas e florestas. Por isso é refrescante, tranquilizante, relaxante, evoca a saúde e a sorte. Traz harmonia e equilíbrio às pessoas. Simbolicamente, está associado à fertilidade, por isso já foi usado como a cor de vestidos de noiva no século XV.
É uma cor que promove o discernimento, coerência e as decisões bem ponderadas. Apazigua discussões. Também oferece um estímulo à leitura, aumentando a compreensão dos conteúdos e velocidade de leitura.
Uma abordagem negativa liga ao verde ao ciúme e à inveja.
Só de povoarmos os ambientes com plantas, já estamos introduzindo o verde na decoração e trazendo uma deliciosa sensação de acolhimento.
Azul.
No cérebro, o azul estimula o córtex pré-frontal, especificamente na região responsável pelo raciocínio lógico e pela competência comunicativa.
De modo geral, é a cor agrada a um maior número de pessoas. Está associadas à produtividade e ao sucesso.
Já que está presente no céu e no mar, predispõe ao relaxamento e à serenidade. Tons mais claros de azul podem transmitir sensações de higiene e frescor.
Por esse motivo, é capaz de reduzir a ansiedade e o metabolismo, favorecendo a produtividade nas tarefas intelectuais. Também tem o efeito de reduzir o apetite.
O azul transmite ideias de estabilidade e confiabilidade. Tons mais escuros evocam o poder. Por isso é eleito por muitas instituições. O abuso do uso do azul nos ambientes, especialmente as tonalidades mais fortes, pode levar seus usuários aos sentimentos de indiferença, frieza e depressão.
Vidros de esquadrias com tonalidade azul produzem um efeito incorrigível em seu interior, anulando a vitalidade das colorações da pele das pessoas em seu interior, causando uma sensação negativa de palidez e falta de saúde.
É interessante contrabalancear com cores vibrantes em detalhes pontuais.
Roxo.
No cérebro, o roxo atua sobre o polo frontal, região responsável não apenas pelos pensamentos abstratos, mas também pelo planejamento de ações e movimento.
O roxo é raro na natureza. Representa bravura, sabedoria e espiritualidade. Ligado ao mistério, ao desconhecido, ao sobrenatural e ao divino. Está ligado à calma e sensatez, mas também à criatividade, parapercepção e intuição.
É associado à realeza, nobreza e riqueza porque o corante para os tecidos roxos era extremamente raro e difícil de conseguir.
Há também aqueles que observam que existe um estímulo sexual pela tonalidade de roxo.
Quando mais escuro, transmite tristeza e frustração.
Lilás.
Transmite a sensação de coração leve, energias românticas. Junto com o roxo, e o preto, o lilás também está ligado à ideia de luxo.
Branco.
No cérebro, o branco afeta o córtex cerebral esquerdo, que é responsável pelo raciocínio lógico e pela competência comunicativa.
O branco é visto como a junção de todas as cores, que formam a luz. Ele divide opiniões: ao mesmo tempo que evoca serenidade e pureza, também pode trazer a ideia de austeridade e frieza.
Algumas culturas asiáticas instituíram o branco para o luto.
No ocidente, o branco é ligado à inocência, à pureza e conquistou os vestidos de noiva.
É uma tonalidade neutra, que suaviza e complementa o uso de outras cores mais marcantes. Ambientes brancos parecem mais luminosos e espaçosos, mas também passam uma impressão de serem vazios, estéreis e não amigáveis. Algumas pessoas acham o branco chato, sem graça, austero.
Por outro lado, transmitem impressões de limpeza, simplicidade e minimalismo. Pode estar ligado a um novo começo. Página em branco.
Preto.
No cérebro, o preto atinge a amigdala, região responsável pela memória emocional e por regular os comportamentos sexuais, agressivos e reações de medo.
O preto é visto como a ausência de cores. Sua taxa de reflexão é baixa, pelo contrário, ele parece mais absorver a luz que nele se incide, e por isso tem a fama de reduzir as dimensões aparentes dos objetos. Transmite impessoalidade, com tendências à masculinidade.
Para alguns, está associado à atração, elegância, sofisticação, luxo, distinção e poder. Também está ligada à curiosidade e ao sentimento de superioridade.
Para outros evoca a sombra, escuridão e os sentimentos ruins: medo, agressividade, raiva e depressão.
No Feng Shui é associado ao mistério, ao poder, à calma e ao elemento água.
Cinza.
No cérebro, o cinza estimula o putamên, que coordena a distribuição da dopamina, o neutrotransmissor responsável pela sensação de prazer e satisfação.
Está associado ao equilíbrio, à tranquilidade, à sabedoria, à idade, mas também ao estresse e a fadiga.
É bastante utilizado para equilibrar ambientes por sua coloração neutra. Contudo, se usado em ambientes monocromáticos, pode deixar o espaço sem vida.